Faz tempo que eu não apareço.Relativamente mais tempo ainda, considerando que eu estou de férias e não existem mais provas ou quaisquer outros compromissos fixos para me distanciar do teclado.
Mas a bem da verdade é que o que me tem afastado são as inúmeras reflexões que borbulham na minha cabeça no momento - o que é muito normal de férias...a loucura acaba, a poeira baixa e eu, assim como qualquer outro ser humano que reflete e pensa sobre a vida, começo a fazer balanços...e eles não me deixam sossegar a mente.
Eu não sei por onde começar. Na verdade nem sei o que vou escrever. Só resolvi visitar o blog porque há tempos eu não o fazia. E já não era sem tempo.
E agora, sobre o que falar? Discutirei o tempo? A vitória do Inter(de Milão)? A derrota do nosso Inter? A soltura de Assange? Não, apesar de ainda não fazer idéia do assunto que eu vou abordar, hoje não estou muito num momento global e engajado. As reflexões que eu citei me deixam bem mais introspectivo, subjetivo...
Eu tinha uma boa idéia sobre o que escrever há algumas dezenas de minutos...mas a idéia fugiu....como é das idéias ter vida própria de vez em quando e fugir do nosso domínio...
Ultimamente eu ando pensando e discutindo muito com uma grande amiga sobre o tempo, o amadurecimento, as relações entre as pessoas, o amor, nossas esperanças, frustrações e afins...Talvez eu fale disso, talvez mude de assunto, quem sabe?
O fato - óbvio - é que as coisas não acontecem na hora em que desejaríamos que acontecesse, ou julgamos ser o melhor momento para tal. Diante disso, dessa certeira falta de planejamento, nos resta duas opções: pular de olhos fechados e dar a cara pra bater; ou ficar, paralisados, amuados, escondidos do mundo, no medo.
Quando temos bons lampejos de coragem e discernimento, escolhemos a primeira opção: viver, dar a cara a tapa. O problema é que nunca estamos de fato preparados para levar a porrada....e quando levamos? É isso que nos assusta. Na verdade acho que quando levamos nunca é do jeito como esperávamos..ou ela nos pega por um ângulo inesperado, ou dói bem menos, ou bem mais....mas de todo modo, a hora da pancada é aquela em que o acaso nos encontra de frente e nos chama a dançar sem podermos ouvir a música...é a surdez que nos põe em pânico, o momento em que temos que nos deixar levar, fechar os olhos, sentir nossos corpos, nossa vida, nosso momento. E nos vêm sempre o mesmo questionamento: e se não estivermos prontos? E se perdermos, nos machucarmos? O que faremos? Pois é...eu também não sei, por isso resolvi escrever...precisava por pra fora toda essa angústia do "E agora, José?"
Sabe, leitor, eu não sei se você, que lê, é amigo, familiar, conhecido, ou algum José que nunca me encontrou na vida, mas garanto que compreende essa angústia, vive todos os dias seus questionamentos...E o que fazemos diante disso tudo?
Acho que no fim das conta não há muito o que se fazer...o medo sempre estará lá, talvez.
Mas eu acho que, de fato, nunca estamos preparados para o baque quando ele vem....talvez nós vamos nos preparando conforme vamos apanhando
Enfim, as idéias ainda estão muito turvas..eu pediria desculpas se eu realmente me importasse, mas no fundo, se esse tipo de qualidade de texto incomoda a alguém, a opinião desse alguém não mais me interessa, fato. E se esse julgamento lhe parece frio, sua opinião também passa a ter menos validade...compreensão é a chave para a nossa humanidade...e no fim das contas é disso que precisamos para enfrentarmos a vida: humanidade.
a leitura desse texto só resultou em mais vontade, ou a intensificação da mesma de prosear contigo uma noite inteira..
ResponderExcluirps: invejinha dessa sua amiga.
da hora o banner do seu blog... kkkkk zuera, o texto ta muitissimo bom =D
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