Enquanto em sonho perdia-se nos labirínticos caminhos inconscientes, sua presença penetrava-lhe pela janela do quarto, perturbando a transparência fosca das cortinas brancas esvoaçantes com os envolventes ares noturnos.
Chegava-lhe junto à face...e aos olhos fechados de viajante das entranhas de si mesmo, dizia-lhe aos ouvidos "me beijava como se não houvesse outra mulher no universo inteiro!"
Em seu universo onírico não havia senão ser, outro que lhe casasse tanto à vida...
Em seu universo onírico corriam-lhe as lágrimas da vida
entrelaçando-se umas às outras
Sendo senão duas lágrimas
A escorrer em vida
Pela face do mundo
Buscando seus caminhos
Em encontros e desencontros pela malha do tempo
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