segunda-feira, 21 de março de 2011

E quando o hidrante não fecha? E quando a enxurrada não cessa? Quando todo o ÓDIO, toda a revolta, por mais que botemos pra fora, não se esvai, não diminui, não alivia?

Perdido na solidão do mundo. Na tristeza de ver a própria cegueira e sentir esse mundo.

Esse mundo sozinho
Esse mundo que chora
Esse mundo de braços pro alto pedindo clemência
Essa criança que pede colo, sem forças, sem pranto

O rosto idoso de lágrimas secas sobre os olhos da criança que não morreu, míngua.

"(...) senti meus olhos vermelhos, queimando...de ódio, de revolta...inconformado...nem as lágrimas conseguiram sair....o que nos olhos queimava eu mordia nos dentes...uma vontade incontrolável de gritar...."


Os olhos ainda queimam, as lágrimas ainda presas e os dentes, mordidos. O grito silenciado como no sonho que não chega ao fim, que desperta no silêncio do dia.


Silêncio


Silêncio


Silencio


"There hay no banda!"


apenas esse silêncio omisso da angústia que não sara, que não vara, que não se separa...


toda a aglutinação desse aperto que prende, sufoca...


E fica...


"Silenzio"


...




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