terça-feira, 1 de março de 2011

oirártnoc oa

Mais uma [dose? não] vez eu não faço idéia de por onde começar ou sobre o que escrever...mas existem muitos, infinitos, vários, zilhões de pensamentos que vieram se debatendo há tempos e eu acho que também pelo meu abandono com esse veículo eu precisava revisitar o blog...escrever um pouco...sobre algo...mesmo que não seja sobre nada.

Tá aí, escreverei sobre nada..ou quem sabe sobre o escrever sobre nada...e não me refiro ao nada dos existencialistas, esse conceito complexo e mil vezes estudado...não, caro leitor. Se ainda não percebeu, releia o blog inteiro, caso tenha tempo ou um pingo de disposição...meu objetivo aqui não é nenhum vômito de cunho academicista...

Meus textos são crus...limpos...não, na verdade são sujos. Sujeira minha, sujeira do mundo, sujeira dos outros...a que nos pega, a que passamos...a que temos e na qual existimos...

Não, sem rebuscamentos demais, sem grandes pretenções...apenas para aliviar a pressão - que o feijão já está quase pronto pro almoço..hmmmmmmm...

Escrever é algo que liberta...e o blog, por vezes, mais que qualquer diário privado que eu tenha..e tenho vários, pois vários são meus pensamentos, minhas confissões...mas o eu aqui não importa

Quem manda nessa joça aqui não sou eu, é o texto, são as palavras...tão delas, tão próprias, tão livres e tão belas...e talvez por isso escrever aqui me torne tão leve, me liberte tanto...

O texto que aqui sai me liberta de mim mesmo...uso o veículo para ser mero veículo do veículo das idéias pensadas: a palavra. Digo as idéias pensadas, porque as sentidas são melhores expressas no gesto, no silêncio...

E cabe ao texto exprimir o que lhe é prórpio: idéias

Mesmo que a idéia [aparentemente] não exista. Mesmo que não exista nada. Escrever é [im]preciso. Viver também o é.

Assim como os textos e as palavras e as idéias e os 'sentires' e  os pensares, a vida tem seus próprios caminhos, suas próprias vontades..a vida tem vida própria

Tanto que por vezes sentimos essa impressão estranha das nossas vidas não caberem em nós mesmos..de ser muito, de ser mais..."much muchier", para os que conhecem a referência.

Sem pontos de vista, sem contra-ponto, sem grandes argumentações

Escrevo por que quero

Escrevo por tesão [e as coisas da vida assim não deveriam ser movidas, por tesão? Ah, que bom seria...]

Talvez escrevo para aliviar o peso da rocha que se torna a vida quando o peso etéreo do abstrato não se comporta mais no que se diz concreto....

Talvez

quem sabe...

4 comentários:

  1. compreendo... não é a toa que tenho 5 blogs e um deles se chama "I wanna shout", só partilhando um pouquinho, as vezes realmente "grito" silenciosamente atraves da linguagem escrita...
    é bom ter alternativas pra extravazar os pensamentos congestionados ou moldar ideias bagunçadas, ou... ou... tantas possibilidades!

    no mais, gosto das palavras naturalmente bonitas com as quais vc se expressa. aqui encontro sempre uma boa leitura ;)

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  2. Escrever é se livrar da pedra no sapato, exorcizar os fantasmas ou, ao menos, concretizá-los em palavras para encarar de frente. Escrever se torna maior que nós.

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  3. leio-te por tesão que seus textos me dão.. o prazer de me deliciar no outro. no outro que mesmo não sendo, é.

    "Escrevo por tesão [e as coisas da vida assim não deveriam ser movidas, por tesão? Ah, que bom seria...]"


    poisé.
    e onde o freio está?

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  4. e aí cara de sagui

    Eu indiquei seu blog com o Selo Stilish Blogger Award, se quiser ser reconhecido por esse selo, siga as instruções neste link abaixo para realizar as tarefas.

    http://sentimento-escrito.blogspot.com/2011/03/selo-stylish-blogger-award.html

    Bjoo

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