Escuro, sujo e fedorento
Esse licor denso que escorre de mim e mancha o chão. Toda a escuridão do pó que se faz em cinzas. Se espalha que esparrama e se expande e contrai...
contraído por dentro me ponho ao mundo
sem vontade e sem opção
nas palavras de letras negras procuro a saída do negro desse coração
da fuga de mim mesmo procuro o meu encontro
preciso me livrar desse cárcere
o Eu
esse eu que me aprisiona
que cria grades
paredes
muros
escuridão
esse eu de ilusões
esse eu de distorções
expectativas
que cria correntes
jaulas
prisões
do pó ao pó?
à liberdade do pó
clamo a libertação de mim mesmo
essas correntes
esse claustro
preciso me libertar de mim mesmo
preciso abrir meus olhos
para além dessa escuridão
para fora desse lodo
*mão estendida*
ResponderExcluirlembrei dos desenhos que te fiz.
as vezes essa coisa toma conta mesmo.
mas me lembra água.
eu gosto é quando tem bastante água pra se puxar com o rodo, quando tem pouco a coisa seca por si só. o gostoso é tirar tudo de uma vez. ver o volume. sentir a coisa ser retirada com a minha própria força.