sexta-feira, 8 de abril de 2011

à deriva

O cansaço...o desgaste...os erros....a culpa....o cansaço....as reflexões....a vontade de parar essa máquina frenética, esse autômato, o agito, o barulho, tudo....

o silêncio.....

o silêncio da alma...

nem piloto automático, nem manual....

só planando....solto....olhos fechados, mente quieta....a brisa leve no rosto...a imensidão...

o movimento de se estar parado....a pausa....o tempo, o vento e o lento digerir, sem pressa, sem fúria, sem culpa, sem pretensões.....esse despretencioso estar...esse leve ser....

a leveza e o peso....essa valsa de dois opostos, extremos entre tantas nuances...essas nossas nuances que compõe o espectro de nossas vidas...as nuances de prazer, as pinceladas de dor, e tudo o que está no meio...energias, vontades, medos, potencialidades, pulsões, vida, morte, tudo, nada, alguma coisa e coisa alguma....

Se afastar de si, se desprender do mundo..."sem deuses, sem mestres(...), nem errado, nem certo, nem bem, nem mau, nem rico, nem pobre, vencedor ou perdedor, humilde ou soberbo...apenas trilhando algo que é só seu, dentro e fora de moldes, criando outros clichês..."

leve...

é preciso a leveza de ser criança para voar na terra do nunca...

nossos comprometimentos, nossas responsabilidades, nosso potencial de perturbação nos meios, nas pessoas, nas coisas...todo o peso envolvido nisso que nos molda, nos dá corpo, nos delimita, nos alimenta...

mas por vezes precisamos voar...cair, com ou sem estilo...se soltar, deixar-se ser...abrir-se e deixar-se ir....um flutuar mais que um mergulhar..."um querer mais que bem querer" só pela combinação de forma, sem pretenções de sentido

solto

leve

livre

Nenhum comentário:

Postar um comentário