segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Healthy??

"What you're offering me DOES NOT CURE ME!"

Sempre pensei isso. Sempre penso. Quando? Informação desnecessária. Hoje é dia de conversa..conversa com o papel, conversa com eventuais - e pouco prováveis fora do círculo comum - leitores...

Estado de bem-estar físico mental e social diz a OMS, né? Pois então.....a insatisfação me permeia..sempre permeou...me permeia desde que eu comecei a perceber as minhas limitações e o quanto elas me afetam...elas em si não me incomodam tanto, mas o quanto elas me afetam, sim.

e essa constante sensação...de ser incurável...intratável...sem conserto...

Tá tudo bem..as coisas vão bem...eu não teria inicialmente do que reclamar..conquistei coisas na vida que muitos invejariam..e outros tantos jamais conseguirão nem a metade....

E daí? porque então eu não estou satisfeito? Por que eu não estou feliz?
[Se me vier com o discursinho de modernidade líquida e pós-modernismo, na boa, com todo o respeito, enfia esse discursinho taxativo meia-boca no meio do cu, obrigado.]

"A vida não tem rascunho", não é isso o que dizia Milan Kundera?

pois então...e quando o projeto sai meia boca?
Com uma boa aparência, mas uma estrutura podre?
"O que eu faço com isso?"

"você deu certo"


Pff...tá bom...

E qual o referencial??

"qual é o objetivo???"

acho que eu sou viciado em Divãs

As coisas parecem emboladas..como um novelo de lã que passa pelas patas de um gato...e parece nunca mais ter condições de se reorganizar...de ser harmônico de novo...

tanta coisa perdida....
tantos momentos
oportunidades

tantos fragmentos que parecem não se encaixar mais dentro de mim...e a sensação de estar quebrado, incompleto, fragmentado, não-inteiro
não sei se algum dia me sentirei saudável enquanto me mantiver com essa sensação de fragmentação

A vida me ensinou, da pior maneira possível, que certas limitações podem ser fatais...

tenho medo das minhas serem desse tipo...das fatais..

o problema é: fatal pra quem?

e até que ponto a fatalidade do outro não nos afeta de forma igualmente fatal?

Talvez essa incompletude seja o que me mantenha vivo..como diria um amigo meu sobre si mesmo...

seja o que me move à busca

e a busca, o que me move à vida....

"é a pergunta que nos motiva..."

mas e quando a pergunta incomoda?

Um comentário:

  1. e eu penso que talvez, se vc se "completar" um dia ou qualquer um... e jogar fora os pedaços q n servem mais, nunca serviram, mas forçaram servir um dia (acontece com tanta gente..), se isso um dia acontecer... os pedaços aparecerem e se encaixarem.. e se sentir completo. pode durar um segundo que se lembrará pro resto da vida, mas isso não será pra sempre.

    não pode ser isso pra sempre (completo).

    essa busca pela completude tem que continuar..

    muitos não PENSAM sobre.. mas vivem isso cotidianamente.. e talvez vc morra quando se "completar", n fisicamente.. mas e se vc n se reconhecer no novo e completo ser formado? uma nova crise.

    quando os fragmentos se juntarem...
    talvez esteja fixado nos fragmentos que quebraram e não nas peças novas que podem chegar e entrar no lugar dessas perfeitamente..

    o quebra-cabeça nunca será completo... sempre surgirão outras partes para se completar...

    jogos mais difíceis de percepção.. a cada fase desvendada...

    ResponderExcluir