sexta-feira, 6 de abril de 2012

sem ideias [ou necessidade delas] para pôr aqui

Relendo posts antigos e, principalmente, mostrando-os a algumas pessoas, me peguei pensando que eu escrevia muito melhor do que o faço hoje. Não sei dizer ao certo o motivo disso.
Havia, com certeza, muita revolta nos sentimentos que originaram a criação desse blog. Hoje já não sei. Existe revolta? Existe. E existe de uma forma que me parece não deixar de me acompanhar nunca. Mas isso são impressões.
Hoje, porém, uma calmaria...um mar sem ondas, leve, fresco da manhã, de raios de sol pálidos e preguiçosos a se debruçar sobre o véu d'água....

É estranho me sentir assim...calmo. Nada está plenamente resolvido, ainda há muito a se fazer e, com certeza, ainda há muita insatisfação. Mas em meio a tudo isso, essa calmaria...como se tivesse sido dado a mim mesmo o tempo de que talvez eu sempre precisei. Agora ele é meu. Meu para desfrutar sozinho, meu para compartilhá-lo com quem quiser, se eu quiser.

Sem muitas culpas, com bem menos medos. Eu reli os meus textos e senti falta de mim mesmo. Me vi neles, um "eu-puro", primeiro, substancial.

Os textos vomitados me fazem falta. Falam muito de mim, quase como a música arranhada ainda de iniciante nas cordas do violão.

E a falta de sentido aparente também me fazia muita falta.

No fim das contas, o fio aleatoriamente costurado acaba tendo uma forma.

E em meio às formas, a calma.

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