quarta-feira, 12 de março de 2014

O marido da foca

https://www.youtube.com/watch?v=U88jj6PSD7w

Há alguns dias andei pensando sobre felicidade e me dei conta de nunca ter me sentido de fato feliz. E  o meu espanto veio quando essa percepção foi acompanhada de uma sensação de prazer, satisfação. Não por qualquer afirmação depressiva de existência, não é bem isso. Mas me dei conta de que a concepção de felicidade que eu conheço não me satisfaz, não me contempla e, em última análise, me mata de tédio.

Dentro dessa concepção, perceber que eu não me sinto - e acho que nunca me senti - feliz, me faz um bom tanto à vontade comigo mesmo.

Quando eu não estou feliz, ou quando estou no oposto do estado de euforia comumente associado à felicidade, eu me encontro incomodado de alguma forma. Triste, com raiva, angustiado, não importa; incomodado de alguma forma.

Esse estado de incômodo me põe em movimento e o movimento me traz mto mais satisfação do que essa euforia a que chamam felicidade. Esta me estaciona e me, por isso, me mata de tédio.

Sempre achei que esse estado de incômodo fosse o inverso desse conceito comum de felicidade. Mas me encontro na descoberta do não a essa afirmação.

O contrário do incômodo, pra mim, não é a felicidade.

É o foco.

Hoje eu me sinto focado.

Acho isso muito mais interessante e rico do que essa joça imbecil a lá Disney a que chamam de felicidade. Essa bodega não me interessa não, muito obrigado. Volte amanhã. Quem sabe? ;)


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