segunda-feira, 21 de março de 2011

de ser do mundo

Angústia.

Esse gosto dolorido e pesado no peito...

Que fica...finge que some, volta, ressoa...não abandona

Um mal estar, de uma sonolência amarga de ÓDIO...

O vômito contido na garganta

Essa vontade de não sei

Vontade de...



RAIVA, muita raiva!

Uma revolta sem nome, sem forma, sem cheiro e sem cor

A explosão do silêncio...

estoura e silencia
e some
e nada...

a sensação do vazio cheio de dor...de peso, de tudo!

Esse estado putrefato da nossa condição...esse jogo de vaidade vazia e desgovernada, sem sentido, sem fundamento...

Tentando, a todo tempo, preencher esse abismo cavado.

Ridículo...

Vergonhoso

Nessas horas eu tenho nojo

esse sentir repulsivo o mundo que se esconde por trás de todo o pó...

Escondem a riqueza da dor...

o que nos faz tão nós

tão nossos

e nos dissociamos de nós mesmos

fugimos

e perdemos nossa mágica

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