sábado, 20 de agosto de 2011

O imperativo do excesso

O que nos impele aos excessos?
Por que, conscientemente ou não, nós fugimos da moderação?

Me ocorreu isso pensando numa situação cotidianamente bem simples.
Prova marcada. Com antecedência suficiente para se fazer um estudo gradual e bem distribuído pelo tempo, de modo a não nos desgastarmos com excessos de estudo de véspera, sofrendo todo o estresse da sensação de fim da linha.

Mas não é incomum abandonarmos essa abordagem para vivermos o excesso do ócio, ou de sua tentativa, pelo menos, e, posteriormente, o excesso do estudo e do estresse de véspera.

Parece que, tal qual o excesso do ócio, buscamos o excesso do desgaste posterior.
E isso não é entrópico!
Aliás, é, a curtíssimo prazo. Mas a longo prazo, não! Porque o ócio, pelo menos em mim, sempre alimentou em muito a tendência à procrastinação. Aos que se abarrotam de coisas para fazer, a concordância com a afirmação: quanto mais coisas temos para fazer, mais coisas fazemos. O oposto também me parece bem verídico. Quanto mais tempo livre, menos fazemos - e existe um escrito desse blog que aborda esse segundo tema, por sinal.

Mas a moderação nos é rejeitada por parecer, a curto prazo, muito mais penosa e desagradável que a moderada ocupação que a longo prazo pode nos trazer muito mais prazer e tranquilidade...

E a longo prazo essa procrastinação inicialmente ingênua acaba nos custando um dispêndio energético e motivacional muito maior do que estamos normalmente dispostos a estar submetidos.

Não sei se concluirei essa ideia aqui

Talvez ela, como tantas outras, necessite de boas ruminações...
Volto ao ponto quando for conveniente...

Até lá!

Um comentário:

  1. Procrastinação é o diferimento ou adiamento de uma ação.

    poisé.
    fica pra próxima. a conclusão do post, minha leitura, minha resposta.

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