sábado, 4 de fevereiro de 2012

Uma questão de geografia

Às vezes nos entorpecemos de tal forma de nós mesmos e a nós mesmos ficamos de tal sorte presos, que o auto-entorpecimento, para cessar, precisa ser substituído...

Às vezes é preciso algo de fora, um outro vício, talvez menor, menos intenso que o vício de si em si, mas que, mesmo temporariamente, livre-nos daquilo que nos cega momentaneamente, o cego ensimesmado.

E na fuga momentânea do interior para aquilo que se encontra fora, não encontramos a nós mesmos se não distorcidos, parecendo outro....o reflexo torto que vemos como algo de fora, uma representação, fiel ou não, de nós mesmos...

No recurso ao momentâneo externo às vezes se encontra a única saída, a única oportunidade para o silêncio de dentro, para a paz... o não pensar que traz, antes de respostas, paz para as coisas voltarem ao lugar...

Caminhar nem sempre é tão fácil quanto parece. Tirar o pé firme ao chão para lançá-lo ao próximo passo soa por vezes inútil e assustador...mas é talvez a única ação possível quando o lugar em que estamos nos incomoda...

Difícil dizer se é mais difícil saber onde se está, para onde se vai ou como...

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